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Após renúncia de Evo Morales, manifestantes liberam fronteira com a Bolívia em MT após mais de duas semanas de protesto


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A fronteira com a Bolívia, em Cáceres, na região noroeste do estado, foi liberada pelos manifestantes nesta quarta-feira (13), após mais de duas semanas de protesto. De acordo com o Grupo Especial de Segurança na Fronteira (Gefron), agora é possível transitar pela via de acesso de Cáceres, na região de Corixa, a San Matias, no país vizinho.

O encerramento do protesto na região se deu após a renúncia de Evo Morales à presidência da Bolívia, no último domingo. Há vários dias o país vive uma onda de protestos contra supostas fraudes nas eleições de 20 de outubro que reelegeram Morales para o cargo.

Em Mato Grosso, no entanto, o protesto foi pacífico, causando somente prejuízos econômicos. O prefeito de Cáceres, Francis Maris Cruz (PSDB), disse que o bloqueio estava impedindo o município de comprar ureia para a agricultura e que também estava afetando o comércio da cidade.

Protestos causam tensão na Bolívia — Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters

Protestos causam tensão na Bolívia — Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters

Protestos violentos e denúncias de fraude na votação aumentaram a tensão no país. Evo perdeu apoio dos militares, que pediram sua saída.

Evo Morales conseguiu asilo político no México — Foto: Luis Cortes/Reuters

Evo Morales conseguiu asilo político no México — Foto: Luis Cortes/Reuters

No poder desde 2006, Evo Morales disputou uma nova reeleição em 20 de outubro deste ano. A candidatura já havia sido contestada – um referendo feito em 2016 rejeitou essa possibilidade, mas, em 2018, a Justiça Eleitoral autorizou Evo a tentar um quarto mandato. O argumento era que o limite de mandatos viola a garantia constitucional de que qualquer cidadão tem o direito de se candidatar.

Mesmo antes do fim da contagem dos votos de outubro, protestos tomaram as ruas da Bolívia. Simpatizantes de Carlos Mesa, opositor de Evo, denunciavam fraudes na apuração.

Morales pediu asilo político ao México e seguiu para o país na segunda-feira (11).

As manifestações na Bolívia continuaram após a renúncia dele.

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